30 abril 2013

Polícia Federal PRENDE secretários do Meio Ambiente

Perguntas que teriam que ser feitas ao Sr. prefeito municipal:
Por que motivo uma pessoa como Luiz Fernando Záchia, que não tinha nenhuma intimidade com Meio Ambiente, ex-chefe da Casa Civil do governo passado, investigado por irregularidades na Operação Rodin, foi alocado na Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMAM)?
Mesmo com reclamações de inúmeros ambientalistas e denúncias de má gestão ambiental, inclusive de atuar contra o Meio Ambiente, ele foi mantido no cargo após a reeleição do prefeito. Por competência na área ambiental, não foi. Era apenas um citador de números de ações da secretaria e de muitas polêmicas, como o famoso documento que dizia que "as árvores dos Túneis Verdes fariam mal à Copa do Mundo".
Em 2012 a Lei dos Túneis Verdes foi votada e sancionada pelo prefeito, que deve ter repensado melhor a "trapalhada" causada pela SMAM em 2011. 
Que qualidade tão secreta tem o Sr. Záchia, e que apenas o prefeito reconhece, pois após sua prisão foi afastado temporáriamente?
Ora, um secretário que nada entende de Meio Ambiente, acusado pelo MP de trocar plantios compensatórios por equipamentos e até motosserras, tem tanto "prestígio" assim?
Por que?

À direita na foto, secretário Záchia e prefeito Fortunati em 5 de junho de 2012

Para quem não acompanhou na ocasião, vale a pena ver e ouvir os pronunciamentos de vereadores citando a administração da SMAM na Câmara Municipal, que se posicionou CONTRA a aprovação da Lei dos Túneis Verdes:
A SMAM não é mais a mesma!





Do portal Sul 21:

O secretário do Meio Ambiente do Estado, Carlos Niedersberg, o secretário municipal do Meio Ambiente, Luiz Fernando Záchia, e o ex-secretário do Meio Ambiente, Berfran Rosado foram presos na madrugada desta segunda-feira (29) em uma operação da Polícia Federal.

Eles são alvo da Operação Concutare, que, de acordo com nota divulgada pela PF, tem o objetivo de reprimir crimes ambientais, crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro. A operação está cumprindo 29 mandados de busca e apreensão e de prisão temporária expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Até o momento, 16 pessoas já foram presas.

Segundo a PF, os indiciados – um grupo criminoso formado por servidores públicos, consultores ambientais e empresários – atuam na obtenção e na expedição de concessões ilegais de licenças ambientais e autorizações minerais junto aos órgãos de controle ambiental.

Conforme a nota, os investigados serão indiciados por corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, crimes ambientais e lavagem de dinheiro. O nome de todos os presos será divulgada ainda na manhã desta segunda-feira.

As ordens judiciais estão sendo cumpridas nas cidades de Porto Alegre, Taquara, Canoas, Pelotas, Caxias do Sul, Caçapava do Sul, Santa Cruz do Sul, São Luiz Gonzaga, no Rio Grande do Sul, e em Florianópolis, em Santa Catarina.

Em Tel Aviv, o governador Tarso Genro anunciou o afastamento do secretário Carlos Niedersberg. O prefeito José Fortunati também afastou temporariamente o secretário Záchia.

Leia na íntegra a nota divulgada pela Polícia Federal sobre a operação Concutare:

“Porto Alegre/RS – A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje, 29 de abril, a Operação Concutare, com o objetivo de reprimir crimes ambientais, crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro.

A operação iniciou em junho de 2012 e identificou um grupo criminoso formado por servidores públicos, consultores ambientais e empresários. Os investigados atuam na obtenção e na expedição de concessões ilegais de licenças ambientais e autorizações minerais junto aos órgãos de controle ambiental.

Cerca de 150 policiais federais participam da Operação para executar 29 mandados de busca e apreensão e de prisão temporária expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região. As ordens judiciais estão sendo cumpridas nos municípios de Porto Alegre, Taquara, Canoas, Pelotas, Caxias do Sul, Caçapava do Sul, Santa Cruz do Sul, São Luiz Gonzaga, no Rio Grande do Sul, e em Florianópolis, Santa Catarina.

A operação foi denominada Concutare, termo com origem no latim, que significa concussão. Os investigados serão indiciados por corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, crimes ambientais e lavagem de dinheiro, conforme a participação individual de cada envolvido.

As investigações foram conduzidas pela Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e ao Patrimônio Histórico (DELEMAPH) e pela Unidade de Desvios de Recursos Públicos da Polícia Federal no Rio Grande do Sul”.

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